Diogo Alcoforado
Da investigação em pintura, ou das suas possíveis bases conceptuais
Procurou-se, neste texto, a partir de uma concepção tida como ‘forte’ de investigação, mostrar a dificuldade, ou mesmo a impossibilidade…, de articular a prática pictórica com uma eventual construção teórica que a determine, ou que tenda a possibilitar o aumento da sua dimensão polissémica.
Tal posicionamento concentra-se naquilo que, a itálico, é acentuado no ponto 7 do texto proposto, onde escrevi: “ (…) toda a dinâmica teórica tende a diminuir a ambiguidade de qualquer campo complexo e polissémico, tornando-o inteligível e, no limite, unívoco e partilhável, -- enquanto a produção pictórica tenderá a tirar o seu poder actuante do próprio carácter ambíguo que a atravessa, consentindo mesmo que todos os esforços reflexivos que sobre ela depois de façam mostrem, apenas , a sua importância acrescida como polo detonador de tais exercícios.” -- sem embargo de serem discutíveis quer as premissas de que se parte, quer as conclusões que delas se possam retirar.
De resto, todo o texto é passível de ser discutido e contraditado.
(20.11.2014)